Baixo Sul: Empresários recorrem a esquema arriscado para não perder funcionários e evitar falência
Livre fez um levantamento para acompanhar o desenvolvimento comercial e a empregabilidade na região do Baixo Sul da Bahia, que compõe 15 municípios do território e o resultado foi assustador.
Quase 10 mil pessoas já perderam o emprego e outras seguem em programas de governo para manutenção do emprego. Segundo comerciantes que atenderam o jornalista Wellingthon Anunpciação a dificuldade para manter a folha de pagamento torna-se uma realidade.
“Não cumpri obrigações com tarifas básicas de minha empresa (água e energia), demiti três funcionários e já programo cortes de turno e se não der certo irei para a fase de desligamento integral”, assumiu um comerciante da cidade de Presidente Tancredo Neves.
Carta na manga
Alguns comerciantes estão burlando o sistema para respirarem e manterem o sistema em funcionando, por outro lado ficam sujeitos a penalidades caso o esquema do “seguro emprego” seja descoberto. Algumas empresas demitem funcionários, não quitam os benefícios ordinários e extraordinários, isso em comum acordo com o funcionário, o “ex-empregado” dá entrada no Seguro Desemprego do Governo Federal e se mantém na empresa, com a promessa do patrão de receber os benefícios após a crise e ter a ligação com a empresa refeita.
Uma empresária da cidade de Gandu disse não ter temido realizar o “esquema”, pois o pior seria falir a empresa e deixar o empregado abandonado.
Previsão de melhora
A previsão de melhoria da situação comercial no Baixo Sul, segundo entendedores, é de mais 6 meses, caso mantenha-se o clima de abertura comercial semanal no esquema de “turnão”. Alertas foram feitos no intuito de informar que um segundo lockdown seria suficiente para eliminar mais 30 mil empregados do sistema e falir em torno de 15% dos CNPJ’s da região cadastrados na Junta Comercial do Estado da Bahia.
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