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12/25/2022

Bolsonarista preso por bomba diz que plano era ‘impor estado de sítio’ Segundo ele, isso provocaria "intervenção das Forças Armadas".


  • O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa afirmou que planejava ‘impor estado de sítio’ no País com a explosão de um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília.

    Em depoimento a policiais, ele afirmou que planejou com manifestantes do QG (Quartel General) do Exército a instalação de explosivos em pelo menos dois locais da capital federal para "dar início ao caos".

    Segundo ele, isso provocaria "intervenção das Forças Armadas".

    "Uma mulher desconhecida sugeriu aos manifestantes do QG que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio", declarou o empresário.

    Em depoimento obtido pela Folha, George afirmou ainda que trabalha como gerente de um posto de gasolina no interior do Pará, obteve licença de colecionador, atirador desportivo e caçador e já teria gastado cerca de R$ 160 mil na compra de pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições.

    George disse ainda que quando o  indígena José Acácio Serere Xavante foi preso, conversou com PMs e bombeiros, que teriam demonstrado estarem ao lado do presidente Bolsonaro.

    "Porém, ultrapassado quase um mês, nada aconteceu e então eu resolvei elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das forças armadas e a decretação de estado de sítio para impedir a instauração do comunismo no Brasil".

    Além do artefato que ele deixou no aeroporto de Brasília, outros cinco explosivos semelhantes foram apreendidos.

    George foi preso por investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), na noite de sábado (24/12).

    Entre os itens apreendidos em posse de George, estão um fuzil AR10, com uma bandoleira, luneta e tripé, calibre 762; duas espingardas calibre 12 com porta munição; 11 carregadores de pistola; mais de 2 mil munições guardadas em caixas e cartelas; três pistolas, sendo duas Glock; dois revólveres calibre 357; um kit com três socos ingleses; uma caixa com esfera de aço com 100 unidades; e dois sprays de pimenta.

    Objetos eletrônicos e apetrechos também foram levados pela polícia, como estilingues; dois canivetes; cinto tático; 10 blusas camufladas; um coturno; três mochilas; três calças táticas; ao menos três celulares; notebooks; e um veículo.

    Parte dos objetos, incluindo armas, bombas e munições, foram trazidos por George do Pará para Brasília dentro de uma caminhonete.

    O homem saiu da terra natal e chegou na capital.

    No próprio depoimento, ele relatou que veio ao DF para fortalecer o movimento das pessoas acampadas em frente ao Quartel-General do Exército (QG).

    Quando chegou em Brasília, ficou hospedado por um tempo na área central, mas logo depois foi morar no apartamento do Sudoeste.

    De acordo com a apuração policial, George ficou, entre 22h e 5h de sexta-feira (23/12), na área do aeroporto até encontrar o melhor ponto para deixar o artefato explosivo.

    O empresário encontrou um caminhão-tanque, abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação (28 mil no primeiro compartimento, e 35 mil no segundo), na Estrada Parque Aeroporto (Epar), em frente à Concessionária V1, e apoiou a bomba no eixo do automóvel.

    A perícia da Polícia Civil do DF (PCDF) identificou que houve tentativa de detonar a bomba.

    “Graças a Deus conseguimos interceptar.

    Não conseguiram explodir, mas a perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento”, frisou o diretor-geral da PCDF, o delegado Robson Cândido.
    Na tarde desse sábado, o Esquadrão de Bombas da PMDF conseguiu desativar um artefato explosivo.

    O procedimento para a remoção do objeto, que são duas bananas de dinamite ligadas a um fio, iniciou por volta de 11h55 pelo Esquadrão de Bombas da corporação.

    Às 13h20, o grupo desativou a bomba, e deixou o local logo após, seguido do CBMDF e da PF.

    Peritos preveem que seria muito provável que a quantidade de explosivo fosse hábil para romper o compartimento do tanque, mas ainda não há confirmações concretas.

    No entanto, em caso de rompimento, resultaria na explosão ou em um incêndio de grandes proporções.

    George foi indiciado pela prática de terrorismo, posse e porte de armamento e munição e posse de artefato explosivo e teve a prisão flagrante convertida em preventiva pela Justiça.
    NOTÍCIA NA TELA www.noticianatela.com.br