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9/19/2023

Depois de Lula ser aclamado na ONU como líder global, Moro diz que "discurso foi ruim"

  • Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert/PR - Ex-juiz Sérgio Moro e presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursando na 78ª Assembleia Geral da ONU  

    Ex-juiz suspeito não conseguiu controlar sua dor de cotovelo ao ver o sucesso do presidente Lula no palco global

    O ex-juiz suspeito e atual senador Sérgio Moro classificou como "ruim" o histórico discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19) em Nova York. Após um intervalo de 14 anos de seu último discurso na ONU, Lula falou por aproximadamente 21 minutos e foi aplaudido sete vezes pela audiência composta por presidentes, primeiros-ministros, ministros de Estado, diplomatas, parlamentares e outras autoridades das delegações internacionais.

    "Ruim o discurso do Lula na ONU. O que se lê na parte importante é agenda contra os Estados Unidos (contra FMI, prisão de Assange e embargo de Cuba) e a favor da Rússia (contra as sanções unilaterais). Nenhuma palavra de censura contra as violações de direitos humanos pelos seus amigos ditadores. Conseguiu até instrumentalizar a guerra na Ucrânia para renovar o anacrônico pleito do Brasil de integrar o Conselho da ONU de forma permanente. De qual forma isso faria diferença para a Ucrânia quando assistimos Lula adular Putin?", disse o ex-juiz suspeito Sérgio Moro pelas redes sociais. >>> "BRICS é plataforma estratégica para cooperação entre países emergentes", diz Lula na ONU

    Lula foi saudado com aplausos ao subir ao púlpito para iniciar sua fala e, ao concluir seu discurso, quando conclamou à "indignação com a fome, a pobreza, a guerra e o desrespeito à dignidade humana". Ele também enfatizou a importância do trabalho conjunto para combater as disparidades globais. No decorrer de seu discurso, o chefe de Estado brasileiro abordou temas que já havia tratado em outros encontros com líderes de nações, destacando a necessidade de preservar o meio ambiente e combater a desigualdade. Lula foi igualmente aplaudido ao mencionar a redução do desmatamento na Amazônia e ao criticar o embargo econômico de longa data imposto pelos Estados Unidos a Cuba.

    “Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade. Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática. Hoje, ela bate às nossas portas, destrói nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perda e sofrimento aos nossos irmãos, sobretudo aos mais pobres”, disse Lula.

    Lula expressou condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia e o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Segundo o presidente, para vencer as desigualdades, é preciso vencer a resignação e a falta vontade política daqueles que governam o mundo. “A fome, tema central da minha fala neste Parlamento mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã. O mundo está cada vez mais desigual. Os dez maiores bilionários têm mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade”, acrescentou.

    Este ano, o tema do debate geral é “Reconstruir a confiança e reacender a solidariedade global: acelerando ações para a Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável rumo à paz, prosperidade, ao progresso e à sustentabilidade para todos”. No debate geral, os chefes dos Estados-membros da ONU são convidados a discursar em uma oportunidade para apontar suas visões e preocupações diante do sistema multilateral.
    Brasil 247
    NOTÍCIA NA TELA www.noticianatela.com.br