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10/13/2025

Fome é irmã da guerra e inimiga da democracia, diz Lula

  • Presidente fez discurso em evento promovido pela FAO em Roma

    Ao participar da abertura do Fórum Mundial da Alimentação, em Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (13) que “a fome é irmã da guerra”. “Seja ela travada com armas e bombas ou com tarifas e subsídios”.

    “Conflitos armados, além do sofrimento humano e da destruição da infraestrutura, desorganizam cadeias de insumos e alimentos. Barreiras e políticas protecionistas de países ricos desestruturam a produção agrícola no mundo em desenvolvimento.”

    “Da tragédia em Gaza à paralisia da Organização Mundial do Comércio, a fome tornou-se sintonia do abandono das regras e das instituições multilaterais”, completou o presidente brasileiro em seu discurso.

    Segundo Lula, o acesso a alimentos continua sendo um recurso de poder. "Não há como dissociar a fome das desigualdades que dividem ricos e pobres, homens e mulheres, nações desenvolvidas e nações em desenvolvimento."

    O presidente brasileiro destacou que o mundo produz comida suficiente para alimentar uma vez e meia a população mundial. Ainda assim, 673 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar.

    "Em 2024, alcançamos a menor proporção de domicílios em situação de insegurança alimentar grave da nossa história. Registramos, ainda, a menor proporção de domicílios com crianças menores de 5 anos em situação de insegurança alimentar grave desde 2004. Estamos interrompendo o ciclo de exclusão."

    "Um país soberano é um país capaz de alimentar seu povo. A fome é inimiga da democracia e do pleno exercício da cidadania", completou o presidente. 

    Lula comentou que o Brasil tem orgulho de fazer parte da história dos 80 anos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) e seu trabalho junto ao Programa Mundial de Alimentos e ao Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura.

    “Não deixa dúvidas de que o mundo seria um lugar pior sem o multilateralismo”, disse. “Graças à FAO, um número crescente de países reconheceu o direito à alimentação em sua legislação”, completou.

    O presidente lembrou que, há 10 anos, participava das comemorações dos 70 anos da entidade. “Muito mudou neste período. Vivíamos então o entusiasmo da adoção da agenda 2030. O mundo havia se unido em torno de objetivos comuns e caminhava rumo à um futuro promissor”.

    “Hoje, tanto nossa capacidade de agir coletivamente quanto o otimismo que nos animava estão abalados. Os desafios se aprofundaram, mas não temos alternativa senão persistir. Enquanto houver fome, a FAO permanecerá indispensável.”
    NOTÍCIA NA TELA www.noticianatela.com.br