Um caso que começou em 1997 e parecia esquecido no tempo teve um desfecho surpreendente em Maceió. O juiz José Eduardo Nobre, da 8ª Vara Criminal da Capital, absolveu um homem acusado de h0mic1dio depois que a suposta vítima, dada como m0rta há quase três décadas, apareceu viva em audiência. A decisão foi proferida sexta-feira, 26/09.
O réu havia sido denunciado em 1998 pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), acusado de ass4ssin4r Marcelo Lopes da Silva durante uma emboscada na saída de uma danceteria no bairro do Tabuleiro, em Maceió. A investigação se baseava em um corpo encontrado na época e identificado como sendo da vítima, com direito a laudo cad4vérico e reconhecimento feito por um irmão de Marcelo a partir de fotos do IML.
O caso começou a mudar quando o acusado foi preso em agosto deste ano e, durante audiência de custódia, afirmou que a suposta vítima estava viva: em setembro, o homem que todos acreditavam estar m0rto compareceu à audiência de instrução e explicou o que aconteceu. Ele contou que, em 1997, havia se mudado para Pernambuco, onde passou a morar com uma irmã e trabalhar no corte de cana. Como não manteve contato com a família, os parentes acreditaram nas informações de que ele teria sido ass4ssin4do.
Marcelo afirmou ainda que, ao retornar a Maceió, chegou a ir até uma delegacia para esclarecer o engano, mas a informação nunca foi anexada ao processo judicial. Desde então, a ação ficou parada por anos, e só foi retomada em 2025, quando o réu foi finalmente localizado.
Diante das novas provas, o juiz decidiu pela absolvição sumária do acusado, com concordância do Ministério Público.