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12/23/2025

Mulher vítima de feminicídio em Salvador teve corpo cortado em mercado, guardado em freezer e transportado em tonel


  • Inquérito da morte de Fabiana Correia Cardoso foi concluído e encaminhado à Justiça. Ex-companheiro da vítima e primo dele seguem presos.

    A Polícia Civil concluiu que Fabiana Correia Cardoso, de 43 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro, João Pedro Souza Silva, de 23, no dia 11 de setembro, dentro do mercadinho em que os dois eram sócios, no bairro de Periperi, no subúrbio de Salvador. O corpo da vítima não foi encontrado.

    Segundo informações passadas pela instituição nesta segunda-feira (22), a perícia identificou o perfil genético de Fabiana em duas facas usadas na tentativa de um desmembramento, além de vestígios de sangue feminino no freezer onde o corpo foi mantido após o feminicídio.

    De acordo com a polícia, João Pedro e o primo dele, que não teve o nome revelado, relataram, em depoimento, que Fabiana foi derrubada no chão, esganada e, já semiconsciente, sofreu golpes no pescoço até a morte.

    Ainda segundo a Polícia Civil, no dia 13 de setembro, dois dias após o assassinato, o tonel foi transportado para um espaço onde funcionava a hamburgueria do ex-companheiro de Fabiana, no bairro de Mussurunga. No local, os restos mortais foram queimados por horas.

    Por fim, conforme o depoimento dos suspeitos, os resíduos remanescentes foram descartados em um contêiner público, no dia 14.

    Conforme ressaltou o delegado André Carneiro, que investiga o caso, a ausência do corpo não impede a responsabilização penal quando há um conjunto probatório sólido.

    “Mesmo diante da tentativa deliberada de destruição de vestígios, as provas técnicas reunidas demonstram de forma inequívoca a ocorrência do homicídio e as ações posteriores voltadas à ocultação do cadáver”, afirmou.
    O inquérito foi concluído e encaminhado ao Tribunal do Júri, com o indiciamento pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.

    O Inquérito Policial foi instaurado em 30 de setembro, porque, segundo a Polícia Civil, foi quando foi considerado que os indícios eram incompatíveis com um afastamento voluntário.
    A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Lígia Nunes de Sá, afirmou que a investigação exigiu rigor técnico, já que não havia corpo nem testemunhas presenciais diretas.

    “Foi necessário reconstruir a dinâmica a partir de provas indiretas, perícias e das contradições apresentadas pelos investigados”, explicou.

    O ex-companheiro de Fabiana foi preso no dia 21 de outubro e o primo dele em 5 de novembro após cumprimento de mandados de prisões temporárias.

    Em 18 de dezembro, ambos tiveram as prisões preventivas decretadas e seguem à disposição da Justiça.

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    As investigações apontaram que o primo de João Pedro passou a frequentar e prestar serviços no mercado semanas antes do crime. A polícia informou que após as prisões, os investigados apresentaram versões conflitantes, imputando responsabilidades um ao outro, que não se sustentaram diante das provas técnicas.

    De acordo com o delegado André Carneiro, responsável pela condução do procedimento, a cronologia dos fatos somente pôde ser estabelecida a partir da análise integrada de depoimentos, diligências de campo e laudos periciais.

    “As versões apresentadas pelos investigados foram sendo desconstruídas à medida que as provas técnicas avançavam, permitindo a reconstrução precisa da dinâmica criminosa”, detalhou.

    Por, g1 Bahia.
    NOTÍCIA NA TELA www.noticianatela.com.br